MEUS BOTÕES E EU...

Um diálogo com meus botões...

sábado, 31 de março de 2007

Paixão e dependência química...

Tenho pra mim que apaixonados e dependentes químicos funcionam da mesma forma. Até existem pesquisas sobre isso.

Ambos ficam alterados quimicamente. Não estão no seu estado "normal" e querem, necessitam...desesperadamente do "barato" da droga/paixão. E fazem tudo por "ela", coisas inimagináveis até para a própria pessoa. Passam inclusive pelo ridículo, e, às vezes, pela falta de respeito próprio. Na ausência da "substância", quase enlouquecem. Os pensamentos são invadidos por preocupações e sentimentos diversos. Nos apaixonados, percebe-se também sintomas psicossomáticos e alterações de humor. Nossa! E os dois também passam pelo terrível período da abstinência e da fissura.

Dizem que é terrível a sensação de quem deixa as drogas...Mas se apaixonar é bom. A paixão "bem-sucedida", claro: aquela que evolui ou simplesmente cumpre seu ciclo início-meio-fim. Paixão platônica ou unilateral implica em tratamento...como fazem os dependentes químicos.

PS: olhe o DSM IV-TR e encontre muitas semelhanças! hehe

quinta-feira, 29 de março de 2007

Pé no chão...

FRASE DO DIA: "Se as mulheres fossem mais racionais em alguns momentos, as coisas seriam mais fáceis". Essa veio da minha mãe.

É verdade! Tenho que aprender algumas coisas com os homens...

quarta-feira, 28 de março de 2007

Diferenças...

Eis um grande e difícil aprendizado na vida: as pessoas são diferentes. Por mais justos, bonitos e nobres que sejam nossos valores...as pessoas pensam e são diferentes. O "tu" não sou "eu".

Aprender isso e não levar as diferenças para o lado pessoal nos livra de muitos males, além de nos ensinar algumas coisas..."O mundo é maior do que teu quarto". Embora por vezes seja doloroso lidar com a "cultura de outros planetas", seria terrível se todos fossem iguais...

Bjos

quinta-feira, 15 de março de 2007

Clichês...

Faz um tempo que não escrevo...Talvez porque em alguns momentos seja mais importante viver do que descrever...Mais um "momento devaneios":

Pra que servem os clichês? Às vezes fico pensando nos sábios ou tolos conselhos dados por nossas avós, ou por pessoas ditas "vividas". Clichês são "verdades" propagadas pelo senso comum e trazem conceitos de "certo", "errado" e como certas coisas "são". Da mesma forma, carregam em si respostas prontas sobre como se deve agir frente a determinadas situações: "Se A, então B. É batata". "Já vi isso muitas vezes...é furada". Ou: "Os homens/mulheres/pessoas são/esperam/fazem assim...". Acho que não preciso citar exemplos, né?


Às vezes invejo a serenidade e a coragem de pessoas maduras e experientes, aquelas que vivem bem a arte de viver - o que não significa ausência de erros e confusões. Queria nascer sabendo algumas coisas. Gostaria de ter a liberdade de não me preocupar com outras. Afinal, sei que tudo passa, não é?! Mas acho que no fundo é bom que a vida seja assim, parecida com a água: ela se molda conforme as situações. Possui estados diferentes. Hidrata. Lava. Aquece. Provoca frio. Pode ser calma e relaxante, mas também forte como a correnteza de um rio. Ou como um tsunami, imprevisível, que passa e leva o que encontra. Destrói, e faz com que algumas coisas morram...impulsionando outras a recomeçar. Ou apenas a começar algo que nunca foi pensado antes. Depende do seu estado, da temperatura, do tempo, do planeta, das pessoas...de tudo.

Por isso, clichês limitam...Penso que eles servem basicamente para aprisionar e limitar. E também para aliviar nossas angústias e tornar conhecido algo novo. Não que a experiência dos outros - ou nossas vivências anteriores - não tenham o seu valor. Claro que têm. No entanto, o perigo de se entregar aos clichês é acomodar-se, fechar-se ao novo...e não ouvir aquela voz interior que todos temos, que volta e meia nos fala...e geralmente está certa.

Só faz descobertas quem se abre ao desconhecido. Mesmo que a descoberta venha a ser que, de fato, algumas coisas eram - infelizmente - como diziam nossas avós. Ao menos naquele momento. Ou, que algumas coisas não são como sonhávamos, o que não anula a sua importância e seu aprendizado. Alguém aprende a andar sem cair? Talvez errar seja uma necessidade humana...

No fim, o coração, aliado à razão, sempre está certo. E quando os dois nos tocam...não há como mentir para nós mesmos. No nosso interior se encontra a resposta que procuramos...acredito nisso! O difícil às vezes é ouvir... Mas os amigos sempre nos ajudam... :)