MEUS BOTÕES E EU...

Um diálogo com meus botões...

domingo, 29 de abril de 2007

Cabeça e teimosia

Cá estava eu com meus sentimentos e idéias bagunçadas arrumando meu quarto, meus cacarecos e milhares de papeladas. Algumas coisas não fazem mais parte da minha vida: roupas que não uso mais, sapatos, papéis, lembranças de momentos que não fazem mais sentido...e, com isso...lembranças!

O ser humano é realmente teimoso. E alguns se superam, são bem dotados disso. E fiquei pensando, ao encontrar algumas coisas que inevitavelmente me trazem recordações: aonde eu estava com a cabeça??! Por que fiz isso?! E por que insisti? Mas esses questionamentos não vieram num tom de pesar ou arrependimento. Pelo contrário, fiquei perplexa com atitudes minhas. Foi como ouvir a história surpreendente de outra pessoa. Mas era a minha. Ou olhar fotos dos anos 80: roupas com ombreiras, cabelos bagunçados...credo! Ontem eu fiz. Hoje não faria. Algumas coisas sim. Acho. Talvez pelo desfecho...

Na época eu tinha certeza de que aquilo - ou "aquilos", pois envolve diversas situações - seria o melhor. E ninguém conseguiria me provar o contrário. Até poderiam, sim, me convencer de que não era o melhor. Mas me impedir de fazer? Pssss. Que nada! E fiz...não me arrependo. Ao menos minha consciência está tranqüila. Lutei. Tentei. Dei o melhor de mim. Ou fiz uma baita burrada...mas não fiquei imaginando "como seria a vida se...". Assim como não fiz, não tentei. E passou...

O ser humano é capaz de muitas coisas, dependendo do momento. Até mesmo aqueles que dizem que não são. É como numa situação inesperada e difícil, como um assalto: a reação sempre será instintiva, não há como prever o comportamento, por mais que se queira racionalizar. Já vi pessoas super prudentes e contidas contarem que durante um assalto reagiram berrando e se "pegando" com o ladrão.

Às vezes é engraçado olhar para trás e analisar nossa vida. Traçar um "antes e depois"...pensar em como nos imaginávamos hoje e em como agora somos. Daria um filme...

terça-feira, 24 de abril de 2007

Foooora da área de cobertura. Ou desligado.

Tentei escrever, mas não consegui. Iniciei um texto que aparentemente seria legal, mas não deu. Pensei sobre várias coisas. Não rolou. Fiquei doente (não posso reclamar que nem gripe pego! huahuahaha)...que beleza!

Tô fooooora da área de cobertura. Em manutenção com meus botões. Quem quiser deixar recados, protestos ou sugestões, sinta-se à vontade. ANUNCIE AQUI! E ajude uma blogueira sem inspiração...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Jardins, borboletas e anúncios publicitários

Diz a lenda que "não devemos correr atrás das borboletas, mas cuidar do nosso jardim". Então, as borboletas virão quase que "saltitantes" ao nosso encontro.

No entanto, outra lenda vai além e diz que não basta cuidar do jardim: tem que anunciar. "A propaganda é a alma do negócio". É boa, mas não é a alma..."Adianta ter um belo jardim se ninguém o vê?!", perguntam alguns. Por isso, ao invés da placa "não pise na grama", por vezes encontramos anúncios semelhantes aos de cerveja, com embalagens pomposas, cheiros, brilhos, texturas e frases de efeito.

E o jardim?! Bem, as flores ficam ali, escondidas, perdidas entre o "gostaria" e o "deveria ser assim". E as borboletas?! Umas ficam encantadas com o glamour do jardim. Entre as que ficam encantadas, algumas permanecem hipnotizadas com o que a propaganda do jardim oferece. Mas nem se preocupam em cultivar e conhecer verdadeiramente o universo que visitam. Outras, partem para outros jardins, seja porque enjoaram do perfume exagerado das flores, ou porque no fundo procuravam um jardim. Apenas um jardim. Assim como muitas outras fugiram e ficaram desconfiadas: "Esmola demais...". Quando nem tudo na propaganda era mentira...

Por isso as flores rejeitadas de alguns jardins ficaram murchas, pois, em seu íntimo, imaginaram que mostrariam aquilo que têm de melhor. O problema não estava exatamente nas flores...mas na confiança que depositaram em seu próprio anúncio e embalagem. Assim como as borboletas: se elas não forem curiosas o suficiente para adentrar e conhecer os jardins, jamais os conhecerão. E se não forem capazes de admirar as flores pelo que realmente são...nenhum malabarismo ou anúncio publicitário fará com que permaneçam por lá... A não ser que fiquem apenas hipnotizadas...

Entretanto, o fato de as borboletas saírem do jardim não faz com que as flores deixem de ser belas e perfumadas... Muito menos que as borboletas sejam borboletas...que ainda buscam por um jardim...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Quem paga a conta?

Afinal, quem paga a conta?

Quando tive meus primeiros rolos amorosos essa questão nunca foi um problema: o homem (no caso, guri...ou melhor, o pai dele! rs) pagava a conta e estava tudo bem.

No entanto, ao longo dos anos, e de outros rolos, e da "revolução feminina", onde a mulher "tem de provar" que é independente coisa e tal...entrei em crise. Ao sair com um homem, quase passava mal quando ele pagava a conta. Outras vezes, chegava a me revoltar: eu pagava a minha parte. E se ele insistia, eu batia pé. Ou ele batia pé e eu me sentia estranha.

Só que de uns tempos para cá venho pensado mais no assunto. Por um lado, não vejo como algo tenebroso a mulher ajudar na conta. Por outro, penso que pode ser legal a iniciativa do homem pagar¹. E tenho feito o seguinte exercício: POIS ELE QUE PAGUE!

Já tive três oportunidades. Na primeira, quando vi, ele estava pagando. Demonstrei meu sincero constrangimento, cheguei a abrir a bolsa, mas ficou por isso. Na segunda, me fiz de louca. Confesso, foi muito, mas muito difícil. Mas valeu. Na terceira, foi mais difícil ainda, pois eu estava com amigos (homens) e a namorada de um deles. Quase caí dura...mas sobrevivi. Os homens pagaram a conta. Foi até engraçada a cena. A namorada do meu amigo disse: "Deixa que hoje os meninos pagam a conta". E eu com cara de quem jogou pedra na cruz: "Mas...isso é muito difícil pra mim!". E ela: "Pra mim também! Mas deixa que hoje eles pagam". E eles pagaram.

Pode ser que eu tenha tido um ataque de machismo. Em relação aos meus amigos, resolvi experimentar, até porque sei que às vezes eles fazem isso e chegam a fazer apostas (bêbados) pra ver quem pagará a conta. Acho que existem exceções...MAS..."ELES" QUE PAGUEM!

Afinal, com o valor economizado poderemos investir em cultura, terapia (hehe), cuidados com a beleza, com a saúde y otras cositas más... Machismos à parte, já basta ter que enlouquecer com o comportamento masculino esquizofrenizante, o que inclui relacionamentos iniciais "calorosamente calculados", onde parecemos estar num jogo em que um passo descuidado pode pôr tudo a perder. E a gente "tem que ter" todas as empatias do mundo: "eles estão confusos", "têm medo de se envolver", "precisam de tempo e espaço", "não podemos ser fáceis ou muito disponíveis" (leia-se, na melhor das hipóteses: saber o que se quer antes deles pensarem no assunto), "etc.etc.". ENTÃO ELES QUE PAGUEM A CONTA!!! É o mínimo...já que falta um pouco de "compreensão masculina" no mercado.

Revoltada? Nah...

(...mas eu acredito em homens de verdade! Juro!! Até conheço alguns...Nem tudo está perdido.)
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1. Minha teoria é que geralmente quando o homem "economiza" na conta, "economiza" no afeto... E o problema é ser econômico no afeto! E nem falo de paixão, ou de amor... mas de gentiliza, de consideração...Mas é relativo...Cada caso é um caso.

terça-feira, 10 de abril de 2007

"Conhece-te a ti mesmo"?

Sabe aquelas coisas que a gente nunca se imaginou fazendo antes? Aquelas em que às vezes éramos os primeiros a condenar ou a rejeitar como algo bom? Ou mesmo outras que são inacreditáveis de tão boas, e que, por serem inesperadas, jamais haviam passado pela nossa cabeça? Coisas que de repente nos vemos a fazer, a sentir e a querer? Como se fosse um "outro eu". Mas somos nós mesmos...

Por isso evito julgamentos e verdades absolutas. E levanto minha bandeira contra os clichês e os estereótipos (internalizados em nós...é difícil!). Só quem está "na pele" de algumas vivências é que sabe algumas coisas. Não que "saiba", mas "vive"...e aí tudo pode acontecer. Inclusive o que sempre acontece (putz!). Ou não! (ueba!). Estatísticas também falham...nem tudo é previsível. E pessoas são movimento. São essência...mas também movimento.

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Os jogadores entram em campo. Existe um time favorito. Pode-se contar com um "craque". Mas quem garante a vitória ou a derrota de um clube?! Ou mesmo o desempenho de um jogador? (lembram do Ronaldo?)

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O legal de tudo isso - vamos às caipiras! - é que a vida é criativa...e coisas maravilhosas e inesperadas podem acontecer. Assim como limões aparecem no meio do caminho... Mas um dia é nosso e o outro é dos limões. E os limões são bons para temperar diversos pratos... Creio que sim!

É a vida...

domingo, 8 de abril de 2007

EXTRA, EXTRA!!! CONSELHO DO DIA...(em homenagem à Iaiá! rs)



Conselho do dia: "Quanto mais tu te abaixa...mais aparece teu cofre".

Por isso, falo sobre a minha receita de limonada. São apenas 4 passos¹ - não necessariamente nessa ordem- baseados em fatos reais:


1- Senta e chora - "Fu... tudo"? As coisas estão difíceis? Tá triste? Um tsunami passou e destruiu a "aldeia"?! Simancol está em falta na farmácia da sua cidade?! Senta e chora. É inevitável. É humano. Você tem sentimentos. Afeto! Que bom.

2- Abstrai - Porque um pouco de dissociação não faz mal a ninguém. Vale dançar, falar bobagem, pensar em matemática, em metafísica, ou na bolsa de valores. Qualquer coisa.

3- Pára e pensa - "E agora, José?". Um bom momento para analisar os fatos como eram e como são. É uma boa hora pra usar a razão...chame os amigos...É a hora da DR com os botões.

4- Age - Atitude nesse corpinho!!! É o momento prático do "E agora, José?". José nada!!! É com você mesmo! Se "ele"² não sabe, saiba você, oras! Saiba o seu valor, o que você quer e/ou pode fazer com isso! Atitude...


Confesso que prefiro Coca-cola. Ou água. Água sempre. Mas às vezes só temos limões...e dá pra fazer limonadas, tortas...ou greve de fome!!! Porque às vezes limão enjoa...

Bjos!

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1. Parece auto-ajuda! :S Mas a idéia não é essa! Juuuro!
2."Ele"/José pode ser uma pessoa, a vida, uma situação, uma instituição...o que for.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

A propósito...

Com quantos comentários se faz um blog???
Há sentido/motivação em escrever textos que talvez não sejam lidos?

Deixe aqui sua opiniÃ.

Páscoa...

E eis que chegou a Páscoa mais uma vez. E com ela - também- a ressurreição do meu blog! kkkkkk... 9 comentários? Boooh! O que não faz um marketing, hein, Iáiá?! rs. Posso até traçar uma linha de antes e depois!

Pra quem acha que Páscoa tem a ver com a história de um coelhinho que coloca ovos...deixo aqui algo sobre a origem desta comemoração (judaica e cristã):

"O termo Páscoa tem origem religiosa do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo é encontrado também como Paska, e sua origem é entre os Hebreus, chamada de Pessach e significa passagem. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. As comemorações de Páscoa se dão no domingo seguinte a lua cheia posterior ao aquinócio da Primavera.

No mundo cristão, a Páscoa é a data mais importante do calendário anual, pois representa a ressureição de Jesus Cristo, que voltou para o seu corpo, após a morte. A semana anterior a Páscoa, é chamada de Semana Santa, inicia-se no Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém.

No mundo judaico, a Páscoa marca o êxodo do povo judeu para o Egito, em 1250 a.C, onde foram aprisionados por mais de 400 anos. A Páscoa judaica também significa passagem, porém a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde, liderados por Moisés, fugiram do Egito. Para comemorar a passagem, os judeus comem pão sem fermento, chamado por eles de matzá, para recordar a fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.

Entre as civlizações antigas, em período anterior a Moisés, no fim do mês de março também iniciavam-se comemorações de passagem. Era festejado então, a passagem do inverno para a primavera. A festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Para estes povos, principalmente os da regiao do Mediterrâneo, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.


Muitas versões, marcam a data da Páscoa, mas independente de versão ou religião, a Páscoa já faz parte da cultura mundial há muitos séculos, é período de reflexão e comemoração da vida no mundo todo. Feliz Páscoa! FONTE: www.via-rs.net

No mais, algumas coisas a declarar. Muito a ver com isso! Mas deixo pra depois! E também vou iniciar uma campanha! Aguarde!!! hehe. FELIZ PÁSCOA! Bjos

PS: não esqueçam de deixar o link do blog de vocês pra eu poder visitar! Não pude achar alguns de vocês...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Obituário

Faleceu às 21h32min, certo dia, certa semana, em alguma estação, o romantismo de Mariana.

Meus botões e eu...

Ele deixa para trás seu cavalo branco, juntamente com o príncipe fajuto que virou sapo. O Sr. Romantismo possuía uma coleção de comédias românticas. Estas serão doadas a uma instituição - Congregação das Mulheres Idealizadoras da Janela¹- que visa esperar pelo homem perfeito utilizando técnicas de lançamento de tranças (como Rapunzel), leituras diversas (Revista Nova, Revista Cláudia, Terra Mulher, romances) e pseudo-alquimia experimental (transformação de sapos em príncipes).
O Sr. Romantismo deixa também algumas histórias, planos e idéias, mas o paradeiro desta parte de seu patrimônio é desconhecido.

No entanto, não é com pesar que comunico seu falecimento. Dizem que ele partiu desta para a melhor.


1. Foto: Google/MBE



segunda-feira, 2 de abril de 2007

Vamo lá na chincha...


Existem alguns momentos na vida em que a gente tem que se chamar na chincha (ch?).


Ou seja, eu e eu mesma (tu e tu)partindo para uma DR¹ básica. Ou, como eu dizia quando era criança (sempre nos devaneios...vou te contar!rs), eu e a "Mim Mesma" (Nota zero no portuga! Se eu tive alguma amiga imaginária, essa é a dita cuja). Imaginem a cena...tipo, na frente do espelho. Ou falando sozinha. Gesticulando...com pequenos ou longos intervalos de silêncio. Eita! Na rua?! Vixi...

Como dizia o "FH" no Casseta e Planeta: "Assim não dá...assim não pode". É isso aí. Parou a palhaçada.


Bandeira branca, me rendo!! Cansei, cansei!! CSED, CSB, CSR, CSI, CPD...Agora vou dançar de outro jeito a mesma música. Ou dançar outra música. Talvez com os mesmos passos. Nem é tão radical...é essencial. Isso é o legal...

Não sei se virei especialista em limonadas ou se sou sobrevivente da Lei de Murphy...além de buscar fugir do comodismo. Só sei que algumas coisas dependem da nossa postura diante da vida. E que outras podem ser mais simples. E mais criativas. Mais livres...e sem tanto bla bla bla.


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1.Discussão da relação - no caso, a relação que tenho comigo e com a vida.
PS: Este cão atrapalhado é o Thor...Coisa mais amada.

domingo, 1 de abril de 2007

É como respirar...

Esses tempos minha professora de técnica vocal disse duas vezes, em momentos diferentes, a seguinte frase: "Na respiração é diferente...quando a gente não controla (a entrada e a saída do ar, de forma tensa), aí é que a gente domina". Ela falava sobre respiração diafragmática. Para cantar bem é necessário relaxar e reaprender a respirar (o que envolve também ficar instantes sem respirar). Assim o som pode sair com maior qualidade evitando esforços desnecessários.

Sou um ser meio divagante, caso não tenha dado pra perceber. Fiquei com aquela frase na cabeça. Mil pensamentos. Partituras foram pras cucuias por alguns instantes. Lembrei de cenas, de momentos, de sentimentos...Faz sentido!

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Acho que mais difícil do que não ter opções é ter mais de uma possibilidade. O ser humano reclama, mas se "borra" quando na estrada dois ou mais caminhos são oferecidos. E mais ainda, quando, titubeante, escolhe um. "Será que era o melhor?!"

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É como respirar...planejar, tentar controlar de forma tensa certas coisas não nos dá nenhuma garantia. Nenhuma. Pelo contrário, pode limitar a passagem do som da vida...assim como a voz no canto e na fala. Por isso, viver é como respirar. "Deixa a vida me levar...vida leva eu...". Não sou de desistir fácil. Busco lutar pelo que quero...Tenho muitos sonhos e planos...mas tenho visto como é bom se lançar ao desconhecido -"sem controle", sem "desesperos"- e descobrir aquilo que nunca foi planejado antes...