MEUS BOTÕES E EU...

Um diálogo com meus botões...

segunda-feira, 28 de maio de 2007

V o n t a d e.

V O N T A D E.

Hoje eu tenho vontade de dizer tudo e mais um pouco. E jogar algumas coisa pro alto. Tenho vontade de escancarar, colocar as cartas já vistas pelo adversário por trás do espelho em cima da mesa. Bancar a insana. A dramática. A inconseqüente. A viajandona. Ou a sonhadora mor. Ou seja lá o que pareça.

Hoje eu queria sair por aí sem hora pra voltar. Sair cantarolando pelas ruas. Sem saber pra onde ir. Mas ir. Caminhar. Queria dizer tudo o que eu já disse de outras formas por meio de palavras. Queria...Queria!!! Queria...mas pra quê?!

terça-feira, 22 de maio de 2007

O Homem Enrolão - parte I

A partir de agora aguardem alguns posts fresquinhos - não tava a fim de publicar, mas vou - sobre alguns assuntos que andam repercutindo nas minhas rodas de tricô: O Homem Enrolão, Amizade entre homem e mulher, As mentiras que as mulheres contam, Mentiras que contamos para nós mesmos e "Cara de Parede". Começo pelo Enrolão "a pedidos". Bjocas (em ritmo de TPF).

Acredito que todos conheçam o Homem Enrolão (HE). O ser desta espécie é uma versão evoluída do cafajeste, com uma pequena diferença: ele enrola porque é enrolado e funciona se enrolando - acima de tudo (assim como o caranguejo anda de lado...). Já o cafa faz moçoilas de panqueca com objetivos específicos e interesses próprios.

Hoje sou muito agradecida ao Homem Enrolão. E acho que toda mulher deveria passar por um. Antes de receber o atestado de louca, quero, sim, descrever as características comuns a essa espécie, além dos benefícios - secundários - proporcionados por essa relação:

Características:

1- Ele é uma ótima pessoa. Sociável, amigo, inteligente, interessante; se não for bonito é, no mínimo, muito charmoso; possui senso de humor, etc., e quase² todas aquelas coisas que uma mulher gosta em termos pessoais de relacionamento (aí entra a subjetividade e talvez alguns "pontos fracos" que derrubam a mulher).

2- Ele dá bola para a mulher. Aí mora o perigo. E volta e meia demonstra interesse. Interesse esse nem um pouco claro, diga-se de passagem. Na "fase aguda" nunca é possível dizer que a mulher é só um caso, ou que a relação dos dois é só amizade. É um jogo de abstração que por vezes parece até "bonito" (afinal, ele não parece vê-la apenas como uma refeição em potencial e os dois têm afinidades mil). Além disso, ele a convida para sair e não perde o contato jamais.

3- Ele possui afinidades específicas com a mulher. Ex.: ambos amam arqueologia, física quântica, dança de salão, determinado autor, etc. Pode rolar até uma admiração mútua, e a convivência é muito agradável.

4 - Ele investe momentaneamente numa possível relação abstrata - pois não é namoro, nem amizade, ou apenas um "tico-tico-no-fubá"/FG - e se afasta, no ritmo "um passo para frente, três para trás". Agita, agita, e, como refrigerante agitado, perde o gás rapidinho.

5 - Ele é realmente enrolado. Observe sua rotina, seu jeito de levar a vida e os comentários triviais de amigos. Sabe o "eterno indeciso"? Pois é...O irritante é que de fato seja possível que ele não faça por mal (se for o típico enrolão). E aí cabe à enrolada que se desenrole (afinal, nada é por acaso).

Querem um exemplo? Era uma vez uma Mulher Apaixonada (MA). Ela parecia estar em um de seus melhores momentos. Fez de tudo, entregou-se. Exerceu ao máximo sua criatividade. Mas morreu de ansiedade. E de dor na bunda (de esperar sentada o bofe se resolver). E de excesso de empatia. Afinal, ele (HE) era legal e também achava MA legal...Fazia questão de demonstrar isso de alguma forma, mexeu com sua auto-estima, elevando-a por momentos...e, em seguida, deixou indiretamente MA confusa e culpada por não compreendê-lo. Eles se davam "tão bem"...Muitos chutes a gol...mas só bola na trave, detalhe último esquecido diante de tanta adrenalina. E ficou nisso, a incansável espera pelo gol que nunca virá.

A história parece muito louca e certamente daria muito pano pra manga. Psicanaliticamente, então... é só pegar na teoria do narcisismo e viajar no inconsciente (farei isso!). Afinal, o HE não promete nada, mas enrola. E MA sabe disso, mas se deixa enrolar.

Independentemente disso, o que quero dizer é que agradeço ao HE por aprender a ter atitude. Criatividade. Paciência. Tolerância à frustração (essas duas últimas a gente tenta!). Flexibilidade...levar as coisas menos a sério. E, principalmente, após me sentir como uma panqueca vendida no centro a R$0,50...aprendi duas coisas fundamentais (ao menos na teoria): não adianta correr contra a maré... "Queres? Queres! Não queres? Não queres!". Vale a pena subir a montanha, mas não como Sísifo e sua pedra¹. Ah... o HE só enrola quem se deixa enrolar. A culpa não é toda dele! ;)

"Tem coisas que só o Homem Enrolão (não) faz por você"
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1. Por toda a eternidade Sísifo foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, a tarefa que envolve esforços inúteis passou a ser chamada "Trabalho de Sísifo": http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADsifo

2. Seriam "todas" se estivesse realmente disponível e disposto.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Mais uma vez...

...FORA DA ÁREA DE COBERTURA.

E o pior não é a falta de inspiração: são as enxurradas de idéias e milhares de coisas pra fazer. Vida de formanda...que momento!
Quero um dia com 48 horas! Mas eu volto! ;) E volto a comentar também.

Até escrevi algumas coisas (tenho 4 textos prontos), mas não tô a fim de publicar agora. Não consigo. Será crise?! rs

Bjossss

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Em que Deus você acredita?

Respondendo ao desafio bloguístico da minha amiga blogueira Maria Fernanda http://bonequinhadeseda.blogspot.com/ é minha vez de dizer: "Em que Deus você acredita?".

Já fiz esse questionamento milhares de vezes na minha vida. Na adolescência (e início da fase adulta) participei muito de grupos de jovens. E sempre achei interessante observar que, mesmo dentro de uma mesma denominação religiosa, onde teoricamente todos acreditam em um mesmo "Deus"...nem sempre as pessoas O percebem como se Ele fosse a mesma pessoa (divina).

Acredito que a representação de Deus para alguém possua basicamente dois aspectos: social e subjetivo. Social tem a ver com a representação social de Deus perpetuada ao longo da história da humanidade. E subjetivo envolve o que há de mais íntimo e particular no indivíduo, integrando sua essência enquanto pessoa, sua história de vida, sua relação com a família e sua visão de mundo. A partir disso, o mesmo Deus "católico", "judeu" ou "espírita" pode ser, ao mesmo tempo, em determinado grupo religioso, o "Deus que pune e castiga": por isso, "devemos seguir todos os mandamentos devido ao medo de arder no inferno, ou de acumular carma ou dívida com Deus, etc.". Ou Deus pode ser "aquele que cuida, ensina e protege", a partir da crença de que Deus é Pai, amor, misericórdia, etc. Igualmente, Ele pode ser percebido como algo semelhante a um personagem de conto de fadas que, como tal, não existe ("mas há quem acredite!")...Isso faz com que alguns permaneçam fiéis - ou não - ao que é ensinado, a partir de uma identificação com determinados valores.

Logo, acredito que Deus seja muito mais do que é pregado nas religiões ou filosofias de vida: é um pouco do que nós mesmos somos e acreditamos. É quase como enxergar desenhos nas nuvens: elas são o que são...mas nós projetamos imagens conforme nossa psique. E isso vai sendo transformado ao longo dos anos a partir do que vai nos acontecendo. Exemplos: pessoas tementes a Deus que diante de uma grande frustração automaticamente se denominam ateus. Por que será? Talvez porque tenham idealizado a figura divina como alguém que venha realizar todas as nossas vontades, como uma criança mimada? Ou porque passou a valorizar mais aspectos racionais e científicos...Ou porque viveu sua espiritualidade de forma desequilibrada e, agora, como um adolescente que necessita romper com os pais, se afastou para encontrar seu verdadeiro "eu"? São hipóteses...devaneios meus.

Assim como alguém que tinha Deus como uma figura distante, assustadora ou neutra e em determinado momento, ao superar uma dificuldade (tragédia, doença, etc.), atribuiu sua vitória a Deus porque a experiência vivida transcendeu aquilo que poderia ser explicado pela ciência ou pela razão.

Sobre mim, acredito que todos passem por uma infância, adolescência e maturidade espiritual. Já tive momentos completamente infantis, outros totalmente "aborrescentes"...E agora continuo na busca, o que envolve ser quem sou realmente e encontrar em Deus a figura de um amigo, de um Pai. E pra mim, como todo pai, Deus permite que caiamos e que demos nossos próprios passos...Imagino que às vezes Ele deixe seus filhos "soltos"...Porque se não fosse assim, jamais iríamos crescer. Mais ou menos como a analogia da transformação da borboleta, que precisa sair sozinha do casulo para fortalecer suas asas e poder voar. E acho que Ele não quer fantoches...muito menos bonecos produzidos em série...E creio n´Ele sim, porque já vivi e presenciei algumas coisas que tornam isso impossível...impossível não crer.

Enfim...é difícil explicar. E é muito subjetivo! :D
PASSO O DESAFIO ADIANTE!! Thatá, Iaiá, guris do Cataclisma, do Ops! (sem querer saiu) e Rodrigo: "Em que Deus você acredita?". Topam escrever sobre isso?!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Leis: tudo acontece, nada se perde...

Em épocas em que a Lei de Murphy "bomba" na vida de certas pessoas, eis que descubro outra lei, que conhecia como consolo popular: a Lei da Trapaça.

A Lei da Trapaça diz que "toda e qualquer ação resultará na ação inibidora de outras alternativas, anulando os possíveis desfechos dos fatos mais prováveis". Assim, tudo que for feito gera um resultado, mesmo que não seja positivo. E este pode ocasionar um cadeia de mudanças no meio. E mudança de planos...

Então num momento Pollyanna mor versão revoltada, após alguns ataques de raiva estilo Jó sem paciência, lembrei da Lei de Lavoisier que diz: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Caaaalma (sempre lembro do Cara das Árveres¹ nessa hora)...

E eis que no meu próprio perfil do Orkut coloquei uma frase que ouvi e concordo (embora confesse que costume soltar um "putz altamente simbólico" diante de alguns "desvios"): "Quando a estrada fica interrompida, o desvio pode ser surpreendente". E pode sim. Poderia citar vários exemplos, desde pessoas que se atrasaram e foram salvas de desastres (como no 11 de setembro nos EUA), até aqueles "acasos" pessoais que todo mundo poderia contar: "Graças a isso, aconteceu aquilo". Mas fico por aqui.

Isso me fez pensar que algumas coisas só podem ser criadas a partir de um erro, dificuldade ou necessidade. Grandes empresários começaram assim, na penúria, no caos e no sufoco. E o que dizer daquelas famílias do interior sem curso superior - alguns que mal sabem ler - que dão um banho em qualquer gestor em termos de empreendimento? Tenho vontade de "estudar" a história dessas pessoas. Sério!

Assim, a Lei de Murphy e seus efeitos não são tão ruins. Talvez sejam uma ponte...

TEMPESTADE DE IDÉIAS...Acho que vou montar um restaurante com especiarias a partir de limões...hahahaha...
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1.É MTO BOOOM: http://www.youtube.com/watch?v=JqIeVYIUKxk Meu muuuso inspirador. Altas dicas de auto-aceitação, humor, persistência e superação! kkkkk

terça-feira, 1 de maio de 2007

Papos de tia

Todo mundo tem uma tia. E se não tem uma biológica, certamente foi adotado por uma amiga da vó, ou por uma vizinha que volta e meia pergunta sobre sua vida.

Uma coisa que toda tia adora fazer é perguntar. Algumas mais, outras menos. "Como vai a Escola?"; "Como vai a Faculdade?"; "E o trabalho?". Além dos papos de tia: "Realmente, este tempo está muito louco mesmo. É o segundo resfriado que pego nesse ano!". "A Fulana casou. Estive lá e...".

Não que todas as tias sejam assim ou só falem disso. Não me interpretem mal. Mas não há como negar que exista uma comunicação peculiar entre as diferentes gerações. E entre tias e sobrinhos. E perguntas por vezes chatas, que só vêm confirmar que algumas coisas não mudaram de um momento para o outro (o que rende sorrisos amarelos). Neste papo informal há o encontro de duas gerações: uma que já passou bem ou mal durante sua existência até então e outra que está entrando - sabe-se lá como - na vida, sendo esta última muitas vezes a aposta de sucesso da família¹, e a esperança de que muitas coisas que foram ou não vividas sejam ou não vivenciadas pelo sobrinho em questão. É punk!

Continuando. Papos de tia: vale falar sobre o tempo, ficar sabendo sobre como vão outros parentes e ouvir conselhos sobre a vida, o que, na melhor das hipóteses, acontece porque elas gostam de nós e querem o nosso bem.

E em alguns momentos, surgem as perguntas básicas de família, geralmente naquelas visitas ou festas especiais durante o ano: "E os paqueras"? (primeira fase); "E os namorados?" (segunda fase); "E o Fulano, namoro firme então?!" (terceira fase); "Já estão juntando dinheiro pra casar?! Namoro firme..." (quarta fase); "E o noivado?! Quando vão casar? (ou, "servir os doces")" (quinta fase). E assim sucessivamente...Depois a pergunta é sobre quando virão os filhos e, após os filhos, se "a fábrica fechou".

A pergunta da vez, só que vai além das tias - toooodo mundo pergunta, inclusive eu! - é: "Já sabe o que vai fazer depois de formada?!". E aí vem aquela resposta de quem tem muitos sonhos, alguns planos, mas está partindo rumo ao desconhecido. Ao garimpo! Porque "depois de formada" é daqui a 2 meses! O tempo voa! :S
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1. Isso também acontece com pais, avós...
OBS: não estou falando das minhas tias!!! hehe... Embora elas sejam chegadas numas perguntinhas...hehehe
OBS2: tô aceitando emprego! hahaha