MEUS BOTÕES E EU...

Um diálogo com meus botões...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Memórias de uma formanda

Sempre imaginei que iria pirar de alegria na época da minha formatura. Mas não sabia que a mesma seria tão intensa e cheia de sentimentos eletrizantes.

Uma pessoa se torna oficialmente formanda quando a turma de seus veternanos se forma. Aí, o que foi esperado durante 4, 5, 6 anos (dependendo do curso, ou, quem sabe, há muito mais tempo, antes mesmo da graduação), se concretiza: estamos, de fato, na finaleira. The end X Start. E aí alguns fenômenos passam a ocorrer com freqüência:

1ªfase: Reuniões de formatura- Estas, por minhas bandas, começam por volta do 4º semestre. Porém, na reta final é que realmente definem alguma coisa. Nesse momento, a ficha parece que cai e não cai, ao mesmo tempo. Mil coisas pra decidir. O stress é inevitável, além pautas que provocam divergências grupais entre colegas. O pensamento que parece predominar é: "Pra que facilitar se podemos complicar?". Porque reunião de formatura sem discussão, falta de objetividade e polêmica nunca será uma reunião de formatura.

2ª fase: Requisitos - Concluir todas as disciplinas. Ou seja: as últimas disciplinas não serão apenas "disciplinas". Serão vivenciadas como a busca de uma carta de alforria, conquistada com suor e pressão: sem conclusão, sem formatura. Apavorante. Módulos de estágio, TCC/monografias, estágios, provas e trabalhos numa corrida contra o tempo, que parece ter menos segundos, minutos e horas do que o normal.

3ª fase: Dinheiro - Se você pensa em fazer algo simples na formatura, ou apenas a colação de grau e acredita que não gastará muito, pelo menos aqui por minhas bandas, está redondamente enganado: nesse momento, tudo são gastos. Produtora. Documentos. Não sei o que para homenagem aos professores. Não sei o que da turma. Convites. Roupas e "embelezamentos" (pra quem adere ao momento mulherzinha). E recepção: nessa há quem invista milhares de reais. Outros fazem jantas por adesão. Baile. Independentemente disso...lá vai dinheiro. Bye Bye, querido. E volte sempre! E quando você pensa que terminou...anuidade do conselho regional/OAB/etc., caso tenha escolhido um curso como Direito, Psicologia, Pedagogia...Noções de Economia ajudam nessas horas.

4ª fase: TPF (Tensão Pré-Formatura) - Essa varia. Pode começar meses antes, mas se intensifica conforme o grande dia vai se aproximando. Como uma tensão que se preste, possui sentimentos complexos e variados. Como a TPM. Primeiro, sentimentos de "não é comigo": as reuniões de formatura podem parecer tratar de assuntos distantes, e as prioridades pessoais são outras (futebol, namoro, cachorros ou o "escambau"). Depois, vem a "queda de fichas": "é, parece que tá chegando mesmo". Pra melhorar, é nessa fase que os parentes, amigos, vizinhos e agregados começam a perguntar: "E aí, já sabe o que vai fazer depois de formado?". Isso é muito divertido quando ainda não se tem emprego. E, desta forma, é bem provável que surja o momento "Pavor": "O que fazer meu Deeeus do céu??" No meu caso, onde a profissão é tida como filantropia e voluntariado, então... e é garimpo puro... Dá "meda". Assim, o tempo vai passando. Picos de euforia, confiança no futuro e sensação de liberdade versus nostalgia e sensibilidade. Momentos "antes e depois" passam pela mente. Uma estrada foi trilhada. E lá vem choro. Ansiedade. Nervosismo. Irritação. Insônia. "Hiperatividade". Planejamentos pessoais e profissionais. Ou negação dos mesmos. Contagem regressiva. Tá chegando. Mas não parece. E parece! E está! Momentos "off". Conclusões e festas. Vontade de gritar. Mil planos. Busca por planos. Plano A, Plano B, Plano C. Momento NA FRONTEIRA: quaaaase lá, mas ainda não. No meio. A um passo de. E assim vai indo...até chegar o grande dia.

Na última semana, os últimos detalhes, que, muitas vezes surgem quando pensávamos que tínhamos terminado tudo. Semana de confirmações: quem irá? Quantos confirmar? Quanto irei gastar? Pra quem devo ligar? O que preciso fazer? Que horas tenho que ir? Correria total. Ansiedade. Euforia. Nostalgia. E tudo, ao mesmo tempo. No meu caso. E para quem realiza um sonho, embora com dificuldades e obstáculos...não tem preço (no meu caso "Universidade privada" tem...hahaha...mas vocês entenderam, né?!). AAAAHHHHH!!!!

É HOJE!!! CHEGOU O GRANDE DIA!!! 27 DE JULHO DE 2007! MINHA FORMATURA!

...sem palavras para explicar...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

O reclamão ("reclamona")

Queridos botões:

A gente reclama porque tá frio. Porque tá quente. Porque demora. Porque é rápido. Porque não dá certo. Ou porque não era bem "assim". Porque os outros não sabem, não fazem, não entendem, não se comprometem; porque querem, ou porque não querem. Porque são diferentes. Porque o mundo está em crise. E o governo não faz nada. E as pessoas são assim. E assado. E nós... E nós?! Somos a personificação da suprema perfeição. Claro. Ou vítimas de uma conspiração.

Sangue de barata não é bom. Mas reclamar - apenas - costuma ser o mantra dos acomodados. E a oração dos pessimistas. Porque quanto mais afirmamos certas coisas dentro de nós, mais elas se tornam verdades e ações (ações que por vezes não "eczistem"). Diga mil vezes o quanto o mundo é uma buesta e como tudo só dá errado e assim será para você. Porque é o que você pode enxergar. Foi o papel assumido na peça. Foi a música colocada no rádio. Repita o quanto você é um coitadinho. E será um.

Enquanto uns reclamam, outros podem fazer.

Reclamar pode aliviar a dor e a insatisfação por instantes. Pode sacudir. É necessário, lógico, não vamos negar a realidade. Mas em demasia pode fazer servir o chapéu de alguma coisa...

RECICLE...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Depois são as mulheres...

...que são complicadas.


Já disse para várias pessoas o quanto admiro e aprendo com os homens (direta ou indiretamente). Amo vocês, queridos. Entretanto, quando um homem quer complicar, ele consegue. Tenho chegado a essa humilde e talvez parcial conclusão após alguns acontecimentos, e também nas conversas com meus "confidentes-bofe" (amigos homens que não são gays) e amigas. Nestes casos, presenciei algumas dificuldades comuns. Mas sei que "vareia". OK. Não quero generalizar, mas citar algumas questÃs.

Primeira dificuldade: perceber nuances.

* Crença masculina: mulheres querem namorar. Mulheres que cheiram a compromisso podem ser sérias demais e perder seus atrativos de solteira.

* Atitude masculina: Fugirei ou enrolarei enquanto posso.

* Realidade feminina : a maioria das mulheres quer namorar. Outras não. Outras talvez. E, caso queiram, não perdem, necessariamente, seus "atrativos". Além disso, também querem se divertir, têm vida própria, podem ser independentes e viver as coisas conforme o tempo e o que tiver que ser.


* Atitude feminina: Paciência no coração. Força na peruca. Criatividade. Autenticidade. Aprender com as vacas.¹ NRA.


Segunda dificuldade: temporalidade.

* Crença masculina: mulheres querem casar, querem nos prender, querem ter filhos, querem nos privar. E por isso são chatas.

* Atitude masculina: Preciso fugir enquanto há tempo.

* Realidade feminina: de fato, a maioria das mulheres querem casar e ter filhos. Algumas são chatas mesmo. Mas outras não. E às vezes eles é que são chatos. "Querer" significa "um dia", e não necessariamente daqui a 5 minutos ou com o bofe em questão.

* Atitude feminina: Paciência. Força na peruca. Malabarismos? Desenhar?! NRA?

Terceira dificuldade: fobia a DR (ou TEPT² provocado por DR).

* Crença masculina: só vou me incomodar. Lá vem.

* Atitude masculina: Pavor. Ataque de pânico. Falecimento da avó por parte de cachorro. Enfermidade repentina. Stress. Vácuo. O que é empatia?

* Realidade feminina: é, DR pode ser um saco. Mulheres podem ser um porre. Ou são legais demais. Não é fácil. Mas pode ser bom, civilizado e até criativo. Quem se comunica...
Discutir a relação (DR) pode evitar incomodações e, quiçá, promover felicidade.

* Atitude feminina: Que tal desenhar? Mímica? Música? Dança?!

Brincadeiras à parte, é incrível como homens e mulheres têm medo de se envolver. De certa forma, isso é compreensível. Antigamente, as pessoas namoravam porque dentro do namoro, e somente - em princípio - nele algumas coisas poderiam ser vividas. Atualmente, essas mesmas coisas podem ser experenciadas sem o pacote "difícil" da coisa: compromisso, rotina, intimidade (e complexidades), diferenças pessoais... É "A ERA DO FICAR". Relacionamentos versão fast-food. Assim, tudo fica mais "fácil". E também, na maioria das vezes, descartável e superficial. "Eu te pego e tu me pega. E ninguém se apega".

Cadum, cadum. É o direito e a subjetividade; são os valores e os interesses das pessoas em questão. Mas as coisas poderiam pelo menos ser mais simples. E menos fóbicas. Por que tanto medo? Por que tantos "não me toques"?! Por que não falar sobre isso?! Pra que tanta rigidez fantasiada de "contemporaneidade"?

O dragão do castelo pode ser muito mansinho, embora forte e intenso. E a princesa nem sempre é uma donzela mimada, dependente e indefesa.

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* na pior das hipóteses. Comumente. Ou numa hipótese boa.
1. As vacas (animais mamíferos/fêmeas/esposa do boi) sabem como e o que fazer.
2. Transtorno de Estresse Pós-Traumático. hehehe

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Mãos ao alto!!

Ser humano.

Nós temos crenças. Mitos. Idealizações. Por vezes, ressalvas, feridas, defesas e medos. E certezas íntimas, embora incertas. No entanto, em alguns momentos da vida, algo ou alguém simplesmente aparece no nosso caminho - sem levar em consideração tudo isso - e nos diz: "Mãos ao alto!".

E fica impossível resistir...

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi
um dia
Tudo passa,
tudo sempre passará
A vida vem em ondas,como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há
um segundo
Tudo muda o tempo todo
no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar

(Como uma onda no mar - Lulu Santos/Nélson Motta)

Sim. Isso acontece.


sexta-feira, 13 de julho de 2007

"E se..."

Uma das expressões e perguntas mais presentes em minha vida. "E se...". "E se?". Como tudo, "e se" possui um lado hesitante e um lado de possibilidades. Inúmeras. Riscos? Sim... Possibilidades? Também.

O ser humano tem muito medo de ser infeliz. Mas também de ser feliz.

E se der certo?!

Dar certo não significa ausência de dificuldades ou de sofrimentos. Até nos contos de fadas a carruagem vira abóbora de novo. E aí a princesa e o príncipe têm que se virar para ficarem juntos.

O medo maior dos gatos escaldados: repitir o sofrimento que já foi vivido, evitando qualquer estímulo que provoque ameaça.

No entanto, curiosamente, estes mesmos gatos escaldados sonham com filé mas, por vezes, adoram revirar latões de lixo. Em frente ao restaurante. E sofrem. É mais fácil e rápido?!; "E não é só isso!"?. É, não é só isso. Assim não dá! Terapia e peteleco neles!

terça-feira, 3 de julho de 2007

E se hoje fosse o último dia?!

Não, não quero iniciar um post fatalista, mas fazer uma enquete:



Se o mundo fosse acabar dentro de poucos meses, o que você faria?



Sempre penso nisso: em palavras que podem e devem ser ditas, sem medo, mesmo que tremam as pernas ou pareçam ridículas (talvez algumas pessoas precisem ouvir o quanto são importantes para nós); na importância das pequenas coisas e naquilo que realmente possui valor...


Momento fortes emoções! E só pra constar (post abaixo): não pretendo ser faxineira profissional. Apenas seguir o fluxo da vida.

Então!

Então, por que não fazer?

Por que não dizer?

Por que não tentar?

Ousar...

Por que a tendência do ser humano é agir somente quando a vida lhe sacode? Ou dar valor quando algo é perdido?

O dia que temos garantido é hoje. Chega de doutores em desculpas. Chega de mestrados em "depois". "Um dia..."?. Sei que existe o medo. E que os obstáculos às vezes são muito maiores do que nós. Mas...

É preciso acreditar.

É por essas e por outras que sempre desconfio das "estatísticas" e das verdades absolutas. É possível ir além do óbvio. Embora, de fato, as estatísticas muitas vezes estejam certas. Ou não.

MOMENTO PROTESTO PARTICULAR. Me deixa!