...que são complicadas.
Já disse para várias pessoas o quanto admiro e aprendo com os homens (direta ou indiretamente). Amo vocês, queridos. Entretanto, quando um homem quer complicar, ele consegue. Tenho chegado a essa humilde e talvez parcial conclusão após alguns acontecimentos, e também nas conversas com meus "confidentes-bofe" (amigos homens que não são gays) e amigas. Nestes casos, presenciei algumas dificuldades comuns. Mas sei que "vareia". OK. Não quero generalizar, mas citar algumas questÃs.
Primeira dificuldade: perceber nuances.
* Crença masculina: mulheres querem namorar. Mulheres que cheiram a compromisso podem ser sérias demais e perder seus atrativos de solteira.
* Atitude masculina: Fugirei ou enrolarei enquanto posso.
* Realidade feminina : a maioria das mulheres quer namorar. Outras não. Outras talvez. E, caso queiram, não perdem, necessariamente, seus "atrativos". Além disso, também querem se divertir, têm vida própria, podem ser independentes e viver as coisas conforme o tempo e o que tiver que ser.
* Atitude feminina: Paciência no coração. Força na peruca. Criatividade. Autenticidade. Aprender com as vacas.¹ NRA.
Segunda dificuldade: temporalidade.
* Crença masculina: mulheres querem casar, querem nos prender, querem ter filhos, querem nos privar. E por isso são chatas.
* Atitude masculina: Preciso fugir enquanto há tempo.
* Realidade feminina: de fato, a maioria das mulheres querem casar e ter filhos. Algumas são chatas mesmo. Mas outras não. E às vezes eles é que são chatos. "Querer" significa "um dia", e não necessariamente daqui a 5 minutos ou com o bofe em questão.
* Atitude feminina: Paciência. Força na peruca. Malabarismos? Desenhar?! NRA?
Terceira dificuldade: fobia a DR (ou TEPT² provocado por DR).
* Crença masculina: só vou me incomodar. Lá vem.
* Atitude masculina: Pavor. Ataque de pânico. Falecimento da avó por parte de cachorro. Enfermidade repentina. Stress. Vácuo. O que é empatia?
* Realidade feminina: é, DR pode ser um saco. Mulheres podem ser um porre. Ou são legais demais. Não é fácil. Mas pode ser bom, civilizado e até criativo. Quem se comunica...
Discutir a relação (DR) pode evitar incomodações e, quiçá, promover felicidade.
* Atitude feminina: Que tal desenhar? Mímica? Música? Dança?!
Brincadeiras à parte, é incrível como homens e mulheres têm medo de se envolver. De certa forma, isso é compreensível. Antigamente, as pessoas namoravam porque dentro do namoro, e somente - em princípio - nele algumas coisas poderiam ser vividas. Atualmente, essas mesmas coisas podem ser experenciadas sem o pacote "difícil" da coisa: compromisso, rotina, intimidade (e complexidades), diferenças pessoais... É "A ERA DO FICAR". Relacionamentos versão fast-food. Assim, tudo fica mais "fácil". E também, na maioria das vezes, descartável e superficial. "Eu te pego e tu me pega. E ninguém se apega".
Cadum, cadum. É o direito e a subjetividade; são os valores e os interesses das pessoas em questão. Mas as coisas poderiam pelo menos ser mais simples. E menos fóbicas. Por que tanto medo? Por que tantos "não me toques"?! Por que não falar sobre isso?! Pra que tanta rigidez fantasiada de "contemporaneidade"?
O dragão do castelo pode ser muito mansinho, embora forte e intenso. E a princesa nem sempre é uma donzela mimada, dependente e indefesa.
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* na pior das hipóteses. Comumente. Ou numa hipótese boa.
1. As vacas (animais mamíferos/fêmeas/esposa do boi) sabem como e o que fazer.
2. Transtorno de Estresse Pós-Traumático. hehehe